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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Jorge Picciani Foi Eleito Senador


Jorge Sayed Picciani (Rio de Janeiro, 25 de março de 1955) é um pecuarista e político brasileiro com base no Rio de Janeiro.

Tendo passado pelo PDT, e filiado ao PMDB desde 1995, foi presidente da Assembleia Legislativa do Rio de 2003 a 2010, quando deixou o cargo para concorrer ao Senado. Antes disso, foi, durante 6 anos primeiro-secretário da Alerj, no período em que o hoje governador Sérgio Cabral Filho presidiu a casa (1995-2007). No governo Brizola, foi secretário de Esportes e presidente da Suderj.

Picciani é casado com Marcia Picciani há 32 anos. Além dos três filhos, é avô de 5 netos.

Biografia
Carreira política e investimentos

Caçula de 4 irmãos, pai padeiro e mãe doceira, Picciani nasceu no subúrbio do Rio (Mariópolis) e estudou no Colégio Pedro II, na cidade do Rio de Janeiro. Formou-se em duas faculdades: ciências contábeis, pela UERJ, e estatística, pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas.

Trabalhou como auditor fiscal e estatístico do IBGE. Quando ingressou na política, pelas mãos do constituinte Marcelo Cerqueira, então no PSB, já era produtor rural. Elegeu-se pela primeira vez em 1990 e reelegeu-se deputado estadual quatro vezes. Preside a Alerj desde 2003. Nas quatros vezes em que foi eleito (as votações para a Mesa Diretora ocorrem a cada dois anos), concorreu sozinho à Presidência e teve praticamente a unanimidade dos votos. Tem bom trânsito em todos os partidos. É conhecido no meio político como "homem de palavra".

Picciani tornou-se pecuarista em 1984, quando adquiriu sua primeira fazenda, a Monte Verde, em Rio das Flores, no Sul Fluminense. A princípio, tratava-se de uma propriedade de leite e café, mas, nos anos 90, passou a dedicar-se à reprodução assistida de gado. Hoje, o Grupo Monte Verde, que concentra suas fazendas em Uberaba, Minas Gerais, e no Mato Grosso, é uma referência nacional em produção de alta genética para as raças Nelore e Gir leiteiro. O principal executivo do grupo é o zootecnista Felipe Picciani, 29 anos, o segundo dos três filhos (todos homens) de Picciani, que também preside a Associação Brasileira de Criadores de Nelore (ABCN), sediada em São Paulo. É o primeiro carioca a presidir a entidade em mais de 50 anos. O filho mais velho, Leonardo Picciani, 30, é deputado federal e o caçula Rafael, 24, ocupa a presidencia da Juventude do PMDB da capital (Rio) desde novembro de 2009.

Os investimentos em tecnologia feitos pela Monte Verde levaram a empresa a ser a primeira a ofertar, num leilão realizado em 2006, um clone de vaca: o animal teve 50% de sua propriedade vendidas por R$ 1 milhão de reais. A Monte Verde também investe na pecuária verde: os pastos das propriedades são rotacionais e utilizam o Método de Pastoreio Voisin. Neles, os animais permanecem em piquetes por apenas 24 horas, voltando a ele após um ciclo aproximado de um mês. A divisão dos piquetes é feito por arames eletrificados, preferencialmente por energia solar. O crescimento do capim, cujo rebrote se dá em 24 horas, ajuda na absorção de CO2 da atmosfera, o que contribui para compensar parte do impacto da pecuária na produção de gases do Efeito Estufa.

A grande vantagem da genética é a melhoria dos rebanhos. Os descendentes de animais melhorados ajudam na produtividade dos plantéis. Dessa forma, um animal que levaria, sem ajuda da genética, quatro anos para estar em peso de abate, com o aprimoramento genético esse tempo é reduzido à metade, o que significa uma carne mais macia, com menos gordura e também redução de custos de criação. O Método Voisin, alem de ser bom para a natureza, também traz vantagens para o produtor, na medida em que ele tem mais controle sobre a qualidade do capim que o animal come. "Nas pastagens tradicionais, o boi come à maneira self service. No Voisin, a gente oferece o prato do dia", explica Felipe Picciani. Hoje, o Brasil é o maior exportador mundial de carne e a genética tem tudo a ver com isso.

Acusações

Em 2003, Picciani foi acusado de manter trabalhadores em regime de semi-escravidão em uma des suas fazendas em Mato Grosso, em São Félix do Xingu. No entanto, o próprio Ministério Público do Trabalho daquele estado entendeu que Picciani não tinha conhecimento da contratação e o declarou, em acordo homologado pela Justiça, inocente. Ele teria sido vítima de empreiteiros locais que arregimentaram ilegalmente trabalhadores para um serviço temporário na fazenda. O MP reconheceu que todos os funcionários permanentes da fazenda eram contratados pelo regime CLT, com todas as garantias trabalhistas. A maneira como a fazenda de Mato Grosso funciona, observando itens de segurança de trabalho, com escola e consultório médico e dentário que servem não apenas aos funcionários, mas também aos empregados de fazendas vizinhas - é usada hoje como um modelo para pelo Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso em palestras para fazendeiros locais. Picciani nem chegou a responder a ação pois não chegou sequer a ser indiciado. Por unanimidade, o conselho superior do MP do Rio de Janeiro, que tinha a competência da investigação pelo fato de ele ser deputado no Rio, arquivou a acusação.

Picciani já foi alvo de várias acusações em matérias de jornais de enriquecimento incompatível. Foi duramente investigado e todas as investigações concluíram pela compatibilidade de seus bens e rendas. Motivado por reportagens do Jornal O Globo, em 2004, Picciani, assim como dezenas de políticos fluminenses, respondeu a uma longa investigação sobre a origem de seu patrimônio. Dois anos e meio depois de iniciadas as oitivas, o Órgão Especial do Ministério Público do Rio de Janeiro arquivou, por unanimidade de votos, a investigação, concluindo pela "absoluta compatibilidade" entre receitas e patrimônio do deputado.

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