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domingo, 2 de janeiro de 2011

Sexo é bom para...

Na cama, no sofá, no carro, no motel ou em qualquer outro lugar, quando o desejo toma conta, resistir ao prazer é difícil. Além de ser uma atividade deliciosa, especialistas garantem que os efeitos positivos em nosso corpo vão muito além daquela sensação de êxtase pós-orgasmo. "O simples toque do casal apaixonado provoca uma série de benefícios orgânicos. Durante o ato de fazer amor, acontecem alterações que têm seus efeitos prolongados sobre o organismo. Só é preciso 'entrar no clima' para que esses benefícios ocorram e atuem em nosso corpo", afirma a sexóloga Valéria Walfrido.

De fato, cientistas já provaram que nosso corpo passa por mudanças fisiológicas quando temos relação sexual. "Uma pessoa apaixonada tem seu corpo invadido por várias substâncias, e quando duas pessoas se beijam, por exemplo, ocorre uma troca de substâncias que estimula modificações corporais, como a fenietilamina, que está ligada a sensações de amor, a dopamina, que tem relação com a emoção amorosa, e a endorfina, associada ao prazer", diz Arlete Gavranic, psicóloga e terapeuta sexual do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática (ISEXP). Durante o orgasmo, o corpo também produz oxitocina, um hormônio ligado a diversos efeitos positivos, tanto físicos quanto psicológicos.

A psicóloga Margareth dos Reis, terapeuta sexual do Instituto H. Ellis, levanta a bandeira do valor que o sexo tem no nosso dia-a-dia quando feito de uma forma saudável: "A atividade sexual segura e prazerosa é tão importante que foi considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) um dos quatro parâmetros para definir a qualidade de vida das pessoas", destaca. Deu vontade só de imaginar? Então confira abaixo tudo o que podemos desfrutar do sexo e inspire-se para uma noite bem romântica a dois - que tal?

1. Ajuda a emagrecer e exercita os músculos. Trinta minutos de sexo intenso queima pelo menos 85 calorias. Acha pouco? Pois saiba que o efeito é cumulativo. Isto significa que fazer 45 sessões de meia hora - ou seja, se você fizer pouco menos de uma hora de sexo por semana em um mês - podem queimar mais de 3.825 calorias, o suficiente para perder mais de meio quilo! O "exercício" pode ser comparado à prática de esportes como natação ou mesmo correr alguns metros por dia. E, convenhamos, é mais agradável que ir à academia. "O sexo regular tonifica a musculatura", atesta Margareth.

2. Faz bem ao coração. E não estamos falando apenas da paixão, que se fortalece ainda mais com uma boa noite de amor. O sexo é uma exercício para a musculatura cardíaca também. "Durante a excitação, os batimentos cardíacos podem subir a mais de 180 bpm", lembra a sexóloga Valéria Walfrido.

3. Aumenta a auto-estima e ajuda a combater a depressão. Para começar, quem é que não gosta de se sentir desejada e atraente? "A pessoa que seduz ou é seduzida se sente bem consigo mesma. O ato sexual como um todo tem uma dinâmica que favorece a procura pelo bem-estar. A disposição e o pique para atividades do dia-a-dia também aumentam", afirma Margareth dos Reis. Cientistas garantem que a relação sexual, quando satisfatória, melhora a percepção da própria imagem corporal, além de reduzir a ansiedade e a incidência de problemas psiquiátricos, depressão e suicídio. "Ela dá condições para que a pessoa comece a olhar para si e gostar de viver essas e outras possibilidades de prazer, contribuindo para a melhora da auto-estima e até de estados depressivos", reforça a psicóloga Arlete Gravanic.

4. Desenvolve o vínculo com o parceiro. Na hora do prazer, há uma grande produção de oxitocina, considerado o "hormônio do amor", no hipotálamo e sua liberação pela hipófise. Valéria Walfrido destaca justamente a função da oxitocina: "Este é um hormônio ligado à sensação de segurança e à formação de elos, que faz com que a mulher se entregue e se abra mais", diz. Margareth dos Reis complementa: "A troca de momentos afetivos contribui cada vez mais para que os vínculos entre o casal se fortaleçam".

5. Melhora a qualidade do sono. O sexo é relaxante e pode ser um aliado contra episódios de insônia. Isso porque, após o orgasmo, ocorre a liberação da oxitocina, que é um sedativo natural e ajuda a adormecer. "A descarga de tensão após o clímax leva ao relaxamento. O sono fica melhor e nos sentimos mais leves enquanto dormimos", explica a terapeuta Margareth dos Reis.

6. Diminui o estresse e a ansiedade. Muitas pesquisas já mostraram que o toque tem um efeito calmante nos seres humanos. E os benefícios vão além da sensação prazerosa do tato: as carícias na pele, comuns durante o ato sexual com quem se ama, causam uma redução do efeito do cortisol, hormônio secretado quando estamos sob estresse. "O sexo é capaz de nos fazer mudar o foco de nossas atenções e esquecer problemas profissionais, por exemplo, amenizando a ansiedade", acrescenta Margareth.

7. Trata naturalmente a pele e deixa a mulher mais bonita. O prazer sexual favorece a produção de estrogênio (hormônio sexual feminino) e de colágeno: o primeiro é responsável pela distribuição de gordura no corpo e pelo brilho e textura da cútis feminina; o segundo é uma proteína essencial para o organismo, que une e fortalece os tecidos, conferindo firmeza e elasticidade à pele. Além disso, durante o ato sexual a temperatura do corpo sobe, estimulando a sudorese e o fluxo de sangue na superfície da pele que, mais irrigada e com os poros desobstruídos, acaba tornando-se mais resistente aos efeitos do envelhecimento.

“Sempre é bom se prevenir e não esquecer de usar preservativo. E mesmo com o uso da camisinha, é importante uma boa higiene corporal e um especial cuidado com a higiene genital”

8. Pode prevenir doenças infecciosas. Segundo um estudo norte-americano, quem tem uma ou duas relações sexuais por semana atinge níveis mais altos de imunoglobulina A, anticorpo que ajuda a proteger o organismo contra resfriados e outras infecções.

9. Reduz riscos de câncer e impotência no seu parceiro. Relações sexuais freqüentes podem prevenir o câncer de próstata no futuro. Segundo estudos, homens que ejaculam pelo menos cinco vezes por semana quando jovens reduzem em um terço as chances de desenvolverem o tumor. E quanto mais se faz sexo, menor é a incidência de problemas de ereção.

10. Pode indicar possíveis problemas. Da mesma forma que contribui ara o equilíbrio emocional e físico, o sexo (ou a falta dele) pode ajudar a sinalizar algum desequilíbrio no seu organismo. "As disfunções sexuais servem como um marcador, e normalmente sinalizam algum problema psíquico, físico ou psicossocial na pessoa", esclarece a psicóloga Margareth dos Reis. Um homem com dificuldades de ereção ou ejaculação precoce pode estar se sentindo inseguro ou com depressão, uma jovem que sente dor durante as relações pode estar com alguma irritação vaginal, uma mulher que perdeu o desejo ou que está com a libido reduzida talvez esteja sob forte estresse por causa de trabalho etc.

Mas não esqueça: para que o sexo seja realmente prazeroso e benéfico para você, é fundamental praticá-lo com segurança e higiene íntima e bucal. "Sempre é bom se prevenir e não esquecer de usar preservativo. E mesmo com o uso da camisinha, é importante uma boa higiene corporal e um especial cuidado com a higiene genital. O sexo deve ser um encontro de prazer; mais do que emagrecer, limpar a pele ou exercitar os músculos, ele deve fazer com que a pessoa se sinta viva e aprenda a tirar prazer do seu corpo e da vida", conclui a terapeuta sexual Arlete Gavranic.por Mônica Vitória

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