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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Jarbas exige renúncia de Palocci


Senador disse, em discurso, que petista não tem condições de ficar no cargo
BRASÍLIA (AE) - O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) afirmou, ontem, da tribuna do Senado, que o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci (PT), não tem mais condições de continuar no cargo, sob pena de deixar o governo da presidente Dilma Rousseff “exposto, acuado e obrigado a adotar medidas que só pioram a situação”. O senador apontou a renúncia do ministro como o melhor caminho para evitar constrangimentos à presidente, já que não conseguiu apresentar explicações convincentes para o seu enriquecimento. “Amealhar R$ 7 milhões em quatro anos não é tarefa fácil, ainda mais quando essa façanha foi executada paralelamente ao trabalho de deputado federal”, alegou.

“Não estou falando de um simples parlamentar, mas de um dos mais importantes quadros do PT no Congresso, envolvido diretamente nos projetos e propostas mais estratégicas para o governo Lula”, disparou Jarbas Vasconcelos, reconhecendo que será difícil obter no Senado as 27 assinaturas para criar uma CPI. Ainda assim, acha que a oposição deve insistir na busca de apoio para a investigação, em vez de se acomodar na “declaração infeliz“ do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de que o caso está encerrado.

“Palocci perdeu todas as condições de ocupar o cargo. Ele deve sair, até porque é quem desde o dia 1º de janeiro exerce a tarefa de indicar, de vetar ocupantes para cargos públicos”, reiterou Jarbas. O senador lembrou que há pouco mais de cinco anos, Palocci foi obrigado a renunciar o cargo de ministro da Fazenda para não comprometer ainda mais o governo do presidente Lula. E que, ainda assim, foi premiado com uma segunda chance para fazer a coisa certa, mas que, em vez disso, “incorreu novamente no erro”.

O peemdebista lembrou que o caseiro Francenildo dos Santos Costa - que revelou ao Estadão transações realizadas na mansão frequentada pelo então ministro e seus amigos de Ribeirão Preto - teve de expor aspecto de sua vida privada para provar a origem legal do dinheiro encontrado na sua conta da Caixa Econômica Federal. E que agora resta ao ministro fazer mesma coisa, “se é que isso é possível”.

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), também defendeu a saída do ministro do governo. Para o tucano, a presença de Palocci “contamina” a gestão da presidente Dilma Rousseff. “O governo está contaminado com a sua presença. Pode-se até dizer que a oposição está indo em socorro ao governo ao pedir sua saída, porque esse caso está contaminando a administração federal”, ironizou. As senadoras Ana Amélia Lemos (PP-RS) e Marisa Serrano (PSDB-MS) também cobraram explicações do petista.

Alvaro Dias fez também um discurso em plenário. Ele destacou que a oposição vai aditar a representação feita contra o ministro na Procuradoria-Geral da República e que está buscando assinaturas para instalar uma CPI. Amanhã, lideranças de PSDB, DEM, PPS e PSOL farão uma reunião para definir a estratégia para os próximos dias para o caso Palocci.
G1

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