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terça-feira, 16 de agosto de 2011

75 anos de Robert Redford



75 anos de Robert Redford
Em 18 de agosto, Robert Redford vai fazer 75 anos, ocasião perfeita para se tirar o chapéu para o homem que pode muito bem ser o ator mais importante de sua geração.
Essa é uma afirmação ousada e certamente há muitas pessoas que poderiam reivindicar essa distinção. Partidários de Robert Duvall, Anthony Hopkins, Helen Mirren, Paul Newman, Sidney Poitier ou Vanessa Redgrave não precisam se desculpar. Ao mesmo tempo, eles e outros defensores plausíveis seriam duramente pressionados para coincidir com o impacto de Redford em Hollywood no último quarto de século.
Talvez a coisa mais impressionante sobre as realizações de Redford como ator, diretor, produtor e defensor do filme independente é que ele não precisa de nada disso. Geneticamente dotado de um corpo atlético e boa aparência no estilo clássico que só ficaram mais acentuados e interessantes com a idade, Redford poderia facilmente ter se acomodado, interpretando os papéis de protagonista estilo garoto dos anos dourados que fazia no início de sua carreira pelas próximas décadas. Ele poderia ter esbaldado com fama, fortuna e a companhia de belas mulheres sem fazer nada além de aparecer no trabalho.
Em vez disso, ela parecia encarar sua aparência como desafio, uma barreira entre ele mesmo e a credibilidade que ele estava determinado a escalar, contornar ou explodir em pedaços.
Seu primeiro objetivo foi se estabelecer como um ator de credibilidade.
Quando ele decidiu se tornar ator, após uma breve tentativa de uma carreira de pintor, ele não foi direto para Hollywood, o que teria sido uma escolha natural para um jovem nascido alguns quilômetros de distância em Santa Monica, Califórnia. Em vez disso, Redford foi para Nova York para estudar na Academia Americana de Artes Dramáticas.
Após a graduação, ele ficou em Nova York, mergulhando no mundo liberal da televisão ao vivo na época em que o drama desafiador ainda não havia sido expulso da televisão pelas séries comerciais. Aparecendo em séries lendárias como 'Playhouse 90’ (1960), Cidade Nua’ (1961), 'Rota 66’ (1961), 'Alfred Hitchcock Presents’ (1961) e 'Além da Imaginação’ (1962), Redford trabalhou com atores e diretores jovens e ambiciosos, desempenhando um trabalho consistente em produções rapidamente montadas, pouco ensaiadas com ousadia e conteúdo.
No momento em que ele fez sua estreia no cinema, no drama da guerra coreana 'Obsessão de Matar’ (1962), Redford achou que havia se consagrado como ator – mas ele raramente recebia oferta de papéis que considerada desafiadores nos primeiros anos. O drama do sul 'Caçada Humana’ (1966), estrelado por Marlon Brando e adaptado da peça de Horton Foote por Lillian Hellman, deu a ele um papel robusto como um fugitivo, mas o mais comum era os estúdios contratá-los para histórias mais leves, como 'Situação Crítica Porém Jeitosa’ (1965) e 'Descalços no Parque’ (1967), sendo este último uma adaptação da peça de Neil Simon em que Redford fez um grande sucesso na Broadway.
'Butch Cassidy’ (1969) foi o filme mais importante da carreira de Redford.
UNDATED -- BC-STARBEAT-ROBERT-REDFORD-ART-NYTSF -- In 1989 Steven Soderbergh's "Sex, Lies and Videotape," starring Andie MacDowell and James Spader, won the Audience Award at the Sundance Film Festival _ the brainchild of Robert Redford _ and went on to become a mainstream success, launching the modern independent-film movement. This picture accompanies an article by Gayden Wren. .(CREDIT: Photo by Diana Gary. Copyright 1989 Miramax Films.)
UNDATED -- BC-STARBEAT-ROBERT-REDFORD-ART-NYTSF -- Robert Redford made his film debut in the 1962 drama "War Hunt." He is seen here with Gavin MacLeod (left) and John Saxon (right) in a scene from that film. This picture accompanies an article by Gayden Wren..(CREDIT: Photo copyright 1962 United Artists.)
Seu humor alegremente anárquico mostrou um novo lado dele e ele o apresentou a um amigo e colaborador de longa data, Paul Newman.
E o mais importante é que seu sucesso de bilheteria colocou Redford na posição de escolher suas próprias chances e ele não perdeu tempo em fazê-lo.
Pela próxima década, ele equilibrou atrações leves, como 'O Grande Golpe’ (1972), 'Nosso Amor de Ontem’ (1973) e 'Três Dias do Condor’ (1975), com histórias mais ambiciosas, como 'Mais Forte que a Vingança’ (1972), 'O Grande Gatsby’ (1974) e 'Todos os Homens do Presidente’ (1976).
Em 1980, Redford estava pronto para dar o próximo passo, passando para trás das câmeras. Não era raro atores atuarem como diretores, mas os mais proeminentes da época, Woody Allen e Clint Eastwood, mais notoriamente, geralmente dirigiam filmes em que eles próprios estrelavam, trabalhando em gêneros com os quais estavam mais familiarizados.
Em vez disso, Redford permaneceu atrás da câmera – ele apareceria em apenas dois dos filmes que dirigiu, dizendo: “Como diretor não gostaria de ter a mim como ator, e como ator, não gostaria de ter a mim como diretor” – e dirigiu um tipo de filme em que ele nunca havia atuado.
O drama familiar 'Gente Como a Gente’ (1980), baseado no romance de Judith Guest, era uma história realista e tensa imprópria para atores com beleza sobrenatural. Seus astros, Judd Hirsch, Timothy Hutton, Mary Tyler Moore e Donald Sutherland, atuaram brilhantemente para Redford e o filme ganhou quatro estatuetas do Oscar, incluindo de Melhor Filme, e, para seu diretor de primeira viagem, o prêmio de Melhor Diretor.
Redford ganhou sua aposta, abrindo as portas da direção para todos, desde Kevin Costner e Jodie Foster a Ben Affleck e Forest Whitaker. Ele não perdeu tempo em colocar suas conquistas de volta na mesa. Em uma época de fartura de ofertas para que ele dirigisse novamente, não dirigiu outro filme por oito anos. Em uma época em que seu potencial para ganhos como protagonista estava no auge, ele apareceu em apenas três filmes entre 1980 e 1990.
Em vez disso, Redford decidiu se estabelecer como produtor, não só de seus próprios filmes, mas também de uma mistura de filmes independentes peculiares e documentários. E o mais importante de tudo é que ele investiu tempo, dinheiro e prestígio pessoal em seus projetos pessoais de estimação, o Instituto Sundance e o Festival de Sundance.
Inaugurado em 1981 e com sede no lar adotivo de Redford, Park City, em Utah, o instituto foi criado como uma incubadora para artistas e cineastas independentes interessados nesses filmes. Seus programas de desenvolvimento artístico para produtores, diretores, roteiristas e compositores tiveram um impacto incalculável sobre o cinema americano. Literalmente centenas de artistas passaram pelas portas do instituto para se tornar pilares do cinema independente e comercial.
UNDATED -- BC-STARBEAT-ROBERT-REDFORD-ART-NYTSF -- Robert Redford (right) teamed with longtime friend Paul Newman and Katharine Ross for the classic comic Western "Butch Cassidy and the Sundance Kid." This picture accompanies an article by Gayden Wren..(CREDIT: Photo by Lawrence Schiller. Copyright 1969 Twentieth Century Fox.)

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