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sábado, 24 de setembro de 2011

Mensaleiros do PT – a volta dos que não foram (Sempre Atual)


Essa postagem foi há um tempo atrás, mas é bem atua!

O PT está jogando algumas de suas valorosas fichas na falta de memória do povo brasileiro e oficializou ontem a volta de nomes envolvidos no escândalo do mensalão à direção do partido. Marcos Valério, dólares na cueca, desvios mirabolantes de recursos públicos, propinas e Land Rover e outras aberrações ficaram lá atrás. Nem foi preciso usar a lógica do comércio sexual do “lavou está limpo e pronto para a próxima sessão”. Os mensaleiros sequer foram depurados pelo julgamento da Suprema Corte, em que são acusados. A única lavagem foi de dinheiro sujo para manter o esquema no poder. Com a vitória da corrente majoritária da legenda, CNB (Construindo um Novo Brasil), José Dirceu, João Paulo Cunha e José Genoino, os lideres da composição mensaleira,  irão compor o novo Diretório Nacional, que tomará posse no mês que vem. Tudo dantes como no quartel de Abrantes.

Tesoureiros aloprados
A campanha da candidata do partido à Presidência, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), promoverá outra reedição: a do grupo de sindicalistas bancários que originou os "aloprados" e desempenhará funções estratégicas, como a centralização da captação de recursos. Luiz Gushiken, o bancário que virou financista, volta ao palco da gestão da pecúnia e a mulher do Delúbio, o tesoureiro de Ali Babá, volta a pontificar. "Não tem sentido prescindir da experiência desses companheiros num momento tão importante como este [pré-campanha da ministra Dilma Rousseff à Presidência]", disse o presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra (SE), à frente da CNB. As indicações foram aclamadas em plenário no congresso da chapa que venceu as eleições em novembro de 2009.

Orgulho de ser mensaleiro
Outras duas correntes, Novo Rumo e PT de Lutas e de Massas, participaram do evento, em São Roque (SP), e apoiaram as indicações da CNB. Dirceu, Genoino e João Paulo foram afastados das instâncias partidárias no final de 2005, ano em que o caso do mensalão veio à tona. Dirceu, ex-ministro da Casa Civil que deixou o cargo no ápice do escândalo, e os deputados federais Genoino e João Paulo são réus no processo do Supremo Tribunal Federal que julgará o mensalão -transferência de verbas supostamente públicas para congressistas da base aliada ao presidente Lula no Congresso. Eles negam a participação no esquema."Primeiro, para mim, não existe esse termo, mensaleiros. Depois, é um orgulho fazer parte da chapa ao lado de Dirceu, Genoino e João Paulo", disse Dutra. Na próxima terça, as três correntes, que formaram uma só chapa, apresentarão ao atual comando do partido seus 45 indicados ao Diretório Nacional.

A volta do cuecão
Nem as demais correntes nem o atual comando têm direito de vetar as indicações se os militantes estiverem em dia com suas obrigações estatutárias. Assim, é praticamente certo que Dirceu, Genoino e João Paulo terão direito a voto entre os 81 membros do Diretório. Serão apresentados também os nomes do deputado federal José Nobre Guimarães (CE), que teve um ex-assessor detido com US$ 100 mil na cueca em 2005, e de Mônica Valente, mulher do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, pivô do mensalão e hoje afastado do partido.

O cartel dos sindicalistas
Já na campanha de Dilma, o núcleo responsável pela arrecadação e gestão dos recursos será formado por petistas egressos do sindicalismo bancário. Foi esse o grupo que comandou a reeleição de Lula em 2006 e originou os chamados "aloprados" -encarregados da compra de um dossiê contra José Serra, então postulante ao governo paulista e provável adversário da ministra agora. Saíram do sindicalismo bancário os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e José Pimentel (Previdência), os presidentes dos dois maiores fundos de pensão do país, Sérgio Rosa (Previ) e Wagner Oliveira (Petros), o atual presidente do PT, Ricardo Berzoini, e o provável tesoureiro da sigla, João Vaccari Neto, entre outros. Berzoini coordenou a reeleição de Lula até ser afastado, após o escândalo dos "aloprados". Jorge Lorenzetti, o "centralizador" da negociação do material em favor da campanha do então candidato Aloizio Mercadante, reportava-se ao atual presidente do PT.
por: Ocombatente

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