Você é muito bem-vindo aqui!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

“Vida louca vida. Vida breve.”

Simplesnte, um cara difícil. Mas um super Ser Humano, cheio de talento!

O mês de julho, mais precisamente hoje, dia 07, está marcado pela morte de um dos grandes artistas e compositores do Rock brasileiro, Cazuza. A história do músico trás como pano de fundo a conquista da democracia brasileira e uma das doenças mais preocupantes da atualidade, a AIDS.
Cazuza viveu apenas 32 anos, mas deixou em seu legado letras com forte crítica a miséria, corrupção e problemas sociais. Deixou também a imagem pública de quem sofria as consequências de ser soropositivo. De quem admitiu gostar de meninos e meninas e usar drogas em uma época em que o preconceito da sociedade era muito mais ácido do que é hoje. Se uma palavra pudesse definir o cantor, esta seria polêmica. Em aspectos bons ou ruins, Cazuza sempre causou polêmicas.
Com uma carreira de apenas nove anos, Cazuza marcou os anos 80, tornando-se ícone musical da época. Surgiu como vocalista da banda Barão Vermelho, compondo em parceria com Roberto Frejat. Os primeiros dois trabalhos da banda, lançados em 1982 e 83, não fizeram muito sucesso e as rádios da época se negavam a tocar o rock do Barão. Só em 1984 que a banda ganhou prestigio público com o hit Bete Balanço, que rendeu também um disco de ouro ao grupo.
O ano seguinte, 1985, marcou o início da carreira solo de Cazuza, o fim da Ditadura Militar, e também o aparecimento dos primeiros indícios da AIDS no cantor. Os próximos cinco anos, até a sua morte em 1990, foram de grande sucesso e também luta para vencer a doença. Apesar de iniciar o tratamento contra a AIDS em 1987, Cazuza só declarou publicamente que era soropositivo em 1989.
Cada aparição do músico era uma demonstração de como a doença era capaz de debilitar o portador. Foi neste ano que a música “Brasil” e o álbum “Ideologia” foram premiados pelo Prêmio Sharp de musica. Homenagem que o artista recebeu quando estava muito doente, em uma cadeira de rodas.
A luta de Cazuza, entre tratamentos no Brasil e no exterior, cessou no dia 7 de julho de 1990, comum choque séptico provocado pela AIDS.  Sua voz, no entanto foi eternizada em 126 canções gravadas por ele. Suas críticas até hoje cabem a realidade “suja” que o país apresenta em muitas questões sociais.
Para o futuro, Cazuza deixou através da mãe Lucinha Araújo, a Sociedade Viva Cazuza,dedicada ao trabalho com crianças soropositivas.Em 2004 a trajetória do artista foi mostrada no filme Cazuza – O tempo não pára. A produção recebeu diversos prêmios do cinema nacional.
Independente de gostar ou não da música de Cazuza, é inegável a marca que ele deixou para nós brasileiros. Aposto que da discografia abaixo, ao menos uma canção você conhece!
Barão Vermelho
* 1982 – Barão Vermelho : “Todo Amor Que Houver Nessa Vida”
* 1983 – Barão Vermelho 2: “Pro Dia Nascer Feliz”
* 1984 – Maior Abandonado: “Maior Abandonado” e “Bete Balanço”

Solo
* 1985 – Exagerado: “Exagerado” e “Codinome Beija-Flor”
* 1987 – Só Se For A Dois: “O Nosso Amor a Gente Inventa”
* 1988 – Ideologia: “Ideologia”, “Brasil” e “Faz Parte do Meu Show”
* 1988 – O Tempo Não Pára – ao vivo: “Vida Louca Vida” e     “O Tempo Não Pára”
* 1989 – Burguesia: “Quando Eu Estiver Cantando”
* 1991 – Por Aí (póstumo)
* 2005 – O Poeta Está Vivo – Show no Teatro Ipanema 1987 – (póstumo)
Veja

Nenhum comentário:

Postar um comentário