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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Os heróis e os vilões da Argentina, segundo Cristina Kirchner

Néstor Kirchner (1950-2010)

Herói de Cristina Depois de passar toda a campanha eleitoral usando seu luto pelo marido como um trunfo sentimental para se reeleger, Cristina deve agora se dedicar a fortalecer a imagem dele junto à história do país. Não raro, Néstor Kirchner é criticado por não ter agido firmemente durante a ditadura em defesa dos presos políticos. O governo kirchnerista, porém, criou a imagem de seu fundador como a de um militante peronista ativo nos anos 70. Cristina faz questão de encher a cidade de menções a ele - renomeando ruas, praças e diversos lugares públicos.


Eva Perón (1919-1952)

Herói de Cristina Evita se destaca na história argentina por sua luta pelas leis sociais - apesar de alguns historiadores a apontarem como apoiadora do ditador espanhol Francisco Franco e de criminosos de guerra nazistas que fugiram para a Argentina. Para Cristina, ela tem tamanha força política (positiva) que merece ser elevada ao mesmo nível do marido, o ex-presidente Juan Domingo Perón.


José San Martín (1778-1850)

Herói de Cristina O general já é visto como o herói máximo da independência da Argentina, que largou uma promissora carreira militar na Espanha para livrar o país dos espanhóis, além de também ter lutado bravamente pela emancipação do Chile e do Peru. Fez carreira na Espanha, quando lutou contra as tropas de Napoleão, e, após cumprir sua missão na América Latina, exilou-se na França, onde morreu pobre. Sua trajetória como "libertador" - também defendida por Cristina -, é colocada em xeque por alguns historiadores.


Manuel Belgrano (1770-1820)

Herói de Cristina Participante da Revolução de Maio de 1810 e da Guerra de Independência, foi diplomata e general do Exército. Em 1812, desenhou a primeira bandeira argentina, ainda sem o Sol. Ao lado de San Martín, é considerado um dos "pais da pátria", inclusive por Cristina Kirchner.


Manuel Dorrego (1787-1828)

Herói de Cristina Foi governador de Buenos Aires e candidato à Presidência da Argentina. Para os historiadores tradicionais, é um líder "descontrolado". Mas Cristina Kirchner, que é sua fã assumida, diz que a "loucura" do militar é irrelevante diante de sua irreverência. Com o novo instituto, deve ser exaltado como um herói caracterizado por seu "patriotismo", "coragem" e "clarividência", e por suas lutas pela independência.


Domingo Faustino Sarmiento (1811-1888)

Vilão de Cristina Presidente da República entre 1868 e 1874, Sarmiento é idolatrado por muitos por seu incentivo ao ensino público. Cristina Kirchner o considera um "europeizante", que despreza a cultura local, e sempre se recusa a participar de cerimônias em sua homenagem.

 

Julio Argentino Roca (1843-1914)

Vilão de Cristina Presidente em duas ocasiões, o general chefiou o país durante uma fase de prosperidade e é visto como a principal figura política do último quarto do século XIX. Entre 1875 e 1879, comandou a Conquista do Deserto, campanha contra os índios do território sul. No governo de Cristina, há uma tentativa de destacar Néstor Kirchner em seu lugar.


Bartolomé Mitre (1821-1906)

Vilão de Cristina O militar e jornalista liderou Buenos Aires contra a Confederação Argentina, uma guerra civil cujo resultado foi a formação da República Argentina, presidida por ele entre 1862 e 1868. Foi fundador do La Nación, um dos jornais mais influentes da América Latina e crítico do governo Kirchner. Mais um ponto contra: era um dos grandes opositores de Juan Manuel de Rosas (1793-1877), ex-governador de Buenos Aires e ídolo de Cristina.
 Veja

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