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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Obra do Rio São Francisco receberá mais R$ 1,2 bilhão

Política

Custo da transposição saltou de R$ 5 bilhões para R$ 6,9 bilhões. E pode subir

Em 2010, Lula visita dutos da transposição: a construção de um elefante branco Em 2010, Lula visita dutos da transposição: a construção de um elefante branco (Ricardo Stuckert/PR)
"Só vamos ter certeza do valor da obra quando concluirmos o processo licitatório e fecharmos os contratos", Fernando Bezerra, ministro da Integração Nacional
Para tentar terminar as obras da transposição do Rio São Francisco em quatro anos, o governo Dilma Rousseff recorrerá a uma nova licitação bilionária de obras já entregues à iniciativa privada. O custo estimado do negócio é de 1,2 bilhão de reais, informou o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, responsável pela obra mais cara do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) bancada com dinheiro de impostos.
A obra começou em 2007 como um dos grandes projetos do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A transposição desviará parte das águas do São Francisco por meio de 600 quilômetros de canais de concreto para quatro Estados: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.
Depois de 2,8 bilhões de reais gastos, a transposição registra atualmente obras paralisadas, em ritmo lento e até trechos onde os canais terão de ser refeitos, como é o caso de 214 metros em que as placas de concreto se soltaram por entupimento em um bueiro de drenagem. As falhas foram testemunhadas pela reportagem no mês passado.
O custo inicial da transposição, estimado em 5 bilhões de reais, já saltou para 6,9 bilhões de reais, calcula Fernando Bezerra, incluindo a nova licitação. "Só vamos ter certeza do valor quando concluirmos o processo licitatório e fecharmos os contratos", diz o ministro. Ele espera lançar as novas licitações até março. Relicitar parte dos trechos entregues a grupos de empreiteiras foi a forma que a equipe de Bezerra encontrou para concluir as obras e evitar que a transposição do São Francisco se transforme em um elefante branco.
Os oito consórcios privados, responsáveis por doze lotes da obra, não conseguiriam terminar o trabalho para a qual foram contratados mesmo que o valor pago fosse aumentado em 25%, limite legal autorizado para aditivos contratuais. O ministro optou, então, por eliminar parte das tarefas previstas originalmente em contratos. Os consórcios receberão apenas pelo serviço feito. "Todos toparam", diz Fernando Bezerra. "Houve uma negociação, uma negociação que não foi fácil."
(Com Agência Estado)

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